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Qual a importância das proteínas durante o tratamento do câncer

Restringir o consumo de proteínas após ser diagnosticado com câncer, pode ser prejudicial, pois pode vir a acelerar a perda de massa muscular. Entenda!


A perda de massa muscular ocorre de forma natural após os 30 anos de idade. A cada década, pode se perder cerca de 3 a 5% de massa muscular, ou seja, quando alcançamos os 80 anos, possuímos em média de 15 a 25% a menos de massa muscular comparando a idade de 30 anos.

Se essa perda ocorrer ainda mais acelerada do que comumente ocorre devido ao envelhecimento natural, pode ocorrer também a perda de funcionalidade, assim, entramos em um quadro conhecido por sarcopenia, ou, “pouca carne”.

Esse estágio de sarcopenia, é de mau prognóstico, para pacientes diagnosticados e em tratamento de um tumor. Nesse estágio o paciente responde menos ao tratamento de quimioterapia e de radioterapia, podendo apresentar mais efeitos colaterais a estes tratamentos, precisar de passar mais tempo em internações, ter complicações após procedimentos cirúrgicos, como fístulas e infecções, e, é registrado um aumento de mortalidade devido a este estágio. Lembrando que a qualidade de vida também sofre interferências.

A sarcopenia é diagnosticada através de alguns exames específicos (tomografia, densitometria corporal e bioimpedanciometria), que avaliam a quantidade da massa muscular, e caso necessário avaliar a qualidade da massa muscular o paciente é submetido a testes de força.

É importante que essa análise ocorra em pessoas assim que diagnosticadas com câncer e periodicamente, porque a sarcopenia pode acontecer durante o tratamento do tumor. 

Como o câncer age na massa muscular

Em um organismo saudável, a produção e degradação de músculos se encontra devidamente equilibrada, então as fibras musculares perdidas são renovadas. Diferente em casos de câncer, podemos dizer que sofremos um prejuízo nesse equilíbrio. Algumas questões como a perda de apetite, condições inflamatórias, falta de atividade física e efeitos dos tratamentos de tumores são responsáveis por abalar esse equilíbrio.

Com o equilíbrio abalado, as fibras musculares se perdem em maior quantidade do que são renovadas, diminuindo a massa muscular do corpo e agravando o quadro de saúde do paciente que luta contra a doença oncológica.

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O que fazer para proteger os músculos

Dois fatores são importantíssimos para proteger a massa muscular no corpo. É preciso ter uma alimentação balanceada em calorias e proteínas e também praticar atividade física.

Quando aprofundamos em uma pesquisa na internet no assunto alimentação preventiva ao câncer, encontramos artigos que sugerem diminuir o consumo de proteína de origem animal, em especial a carne bovina ou carne vermelha como também é chamada. Atente-se ao fato de sugerir diminuir as quantidades e não eliminar totalmente do cardápio.

Porém não encontramos dados relacionados a recomendação para pacientes que foram diagnosticados com câncer. Em contrapartida, nos deparamos com pesquisas que afirmam o quanto é essencial a massa muscular nesse estágio. Porém, não existe confirmação cientifica de que eliminar totalmente a carne bovina da dieta alimentar em casos de câncer, apresente alguma melhora do quadro da doença.

É importante ressaltar que o valor nutricional da proteína depende da quantidade e qualidade dos aminoácidos presentes, existem diversos tipos de aminoácidos e são eles os responsáveis pela formação dos músculos. A qualidade dos aminoácidos presentes na carne são melhores do que os encontrados em vegetais, isso pode acontecer devido a leucina, que é encontrada em menor quantidade e apresenta maior resistência no sistema digestivo, principalmente em pacientes com problemas no trato gastrointestinal. Um exemplo: em 100g de carnes vermelhas são concentrados 33g de proteínas, enquanto em uma porção de 100g de feijão, encontramos 8g.

De acordo com o estudo realizado:

  • Pessoas diagnosticadas com câncer, precisam de uma quantidade maior de proteína do que pessoas com organismo saudável.
  • As proteínas encontradas em carnes são melhores para aumentar a massa muscular em relação a proteína vegetal.
  • Durante o tratamento da doença, uma alimentação equilibrada contendo cerca de 65% de proteína animal e 35% da proteína vegetal é ideal, ajudando na saúde dos músculos e evitando a desnutrição.
  • Não elimine as proteínas animais do cardápio de pacientes em tratamento contra tumores, essa medida não é recomendada.
  • Um nutricionista pode desenvolver um cardápio balanceado e equilibrado com índices adequados em proteínas vegetais para manter a massa muscular para veganos e vegetarianos em tratamento oncológico.

Em conclusão, manter a saúde dos músculos pode ajudar o tratamento oncológico e deve ser acompanhado por médicos.


Via: https://saude.abril.com.br/ 

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