Qual a importância das proteínas durante o tratamento do câncer
Restringir o consumo de proteínas após ser diagnosticado com câncer, pode ser prejudicial, pois pode vir a acelerar a perda de massa muscular. Entenda!
Se essa perda ocorrer ainda mais acelerada do que comumente
ocorre devido ao envelhecimento natural, pode ocorrer também a perda de
funcionalidade, assim, entramos em um quadro conhecido por sarcopenia, ou, “pouca
carne”.
Esse estágio de sarcopenia, é de mau prognóstico, para
pacientes diagnosticados e em tratamento de um tumor. Nesse estágio o paciente
responde menos ao tratamento de quimioterapia e de radioterapia, podendo
apresentar mais efeitos colaterais a estes tratamentos, precisar de passar mais
tempo em internações, ter complicações após procedimentos cirúrgicos, como fístulas
e infecções, e, é registrado um aumento de mortalidade devido a este estágio. Lembrando
que a qualidade de vida também sofre interferências.
A sarcopenia é diagnosticada através de alguns exames específicos
(tomografia, densitometria corporal e bioimpedanciometria), que avaliam a
quantidade da massa muscular, e caso necessário avaliar a qualidade da massa
muscular o paciente é submetido a testes de força.
É importante que essa análise ocorra em pessoas assim que diagnosticadas
com câncer e periodicamente, porque a sarcopenia pode acontecer durante o
tratamento do tumor.
Como o câncer age na massa muscular
Em um organismo saudável, a produção e degradação de
músculos se encontra devidamente equilibrada, então as fibras musculares
perdidas são renovadas. Diferente em casos de câncer, podemos dizer que
sofremos um prejuízo nesse equilíbrio. Algumas questões como a perda de
apetite, condições inflamatórias, falta de atividade física e efeitos dos tratamentos
de tumores são responsáveis por abalar esse equilíbrio.
Com o equilíbrio abalado, as fibras musculares se perdem em
maior quantidade do que são renovadas, diminuindo a massa muscular do corpo e
agravando o quadro de saúde do paciente que luta contra a doença oncológica.
Você também pode gostar:
- Câncer no ovário é silencioso e mata anualmente milhões de mulheres: Não ignore estes sintomas!
- 5 sinais claros que os seus rins estão com problemas
- Câncer de pulmão - 8 sinais que você não deve ignorar
O que fazer para proteger os músculos
Dois fatores são importantíssimos para proteger a massa
muscular no corpo. É preciso ter uma alimentação balanceada em calorias e
proteínas e também praticar atividade física.
Quando aprofundamos em uma pesquisa na internet no assunto
alimentação preventiva ao câncer, encontramos artigos que sugerem diminuir o
consumo de proteína de origem animal, em especial a carne bovina ou carne
vermelha como também é chamada. Atente-se ao fato de sugerir diminuir as
quantidades e não eliminar totalmente do cardápio.
Porém não encontramos dados relacionados a recomendação para
pacientes que foram diagnosticados com câncer. Em contrapartida, nos deparamos
com pesquisas que afirmam o quanto é essencial a massa muscular nesse estágio. Porém,
não existe confirmação cientifica de que eliminar totalmente a carne bovina da
dieta alimentar em casos de câncer, apresente alguma melhora do quadro da
doença.
É importante ressaltar que o valor nutricional da proteína depende
da quantidade e qualidade dos aminoácidos presentes, existem diversos tipos de aminoácidos
e são eles os responsáveis pela formação dos músculos. A qualidade dos aminoácidos
presentes na carne são melhores do que os encontrados em vegetais, isso pode
acontecer devido a leucina, que é encontrada em menor quantidade e apresenta
maior resistência no sistema digestivo, principalmente em pacientes com
problemas no trato gastrointestinal. Um exemplo: em 100g de carnes vermelhas
são concentrados 33g de proteínas, enquanto em uma porção de 100g de feijão,
encontramos 8g.
De acordo com o estudo realizado:
- Pessoas diagnosticadas com câncer, precisam de uma quantidade maior de proteína do que pessoas com organismo saudável.
- As proteínas encontradas em carnes são melhores para aumentar a massa muscular em relação a proteína vegetal.
- Durante o tratamento da doença, uma alimentação equilibrada contendo cerca de 65% de proteína animal e 35% da proteína vegetal é ideal, ajudando na saúde dos músculos e evitando a desnutrição.
- Não elimine as proteínas animais do cardápio de pacientes em tratamento contra tumores, essa medida não é recomendada.
- Um nutricionista pode desenvolver um cardápio balanceado e equilibrado com índices adequados em proteínas vegetais para manter a massa muscular para veganos e vegetarianos em tratamento oncológico.
Em conclusão, manter a saúde dos músculos pode ajudar o tratamento oncológico e deve ser acompanhado por médicos.
Via: https://saude.abril.com.br/
Nenhum comentário: